Uma peça com uma bela formação de cristais de crocoíta pode valer de dezenas até milhares de dólares. Não exatamente por ser um mineral adequado para confecção de jóias, mas por ser raro e cobiçado entre colecionadores.
A crocoíta, ou krokoit, é minério que costuma ter uma coloração vermelha intensa, sendo caracterizado pela presença de chumbo em sua composição, PbCrO4. Apesar de não ser o chumbo o responsável direto pela cor vermelha.
Formado em depósitos de águas quentes (geisers) que contenham ácido crômico ou em veios de chumbo. Os geisers costumam ocorrer em áreas de erupção vulcânica relativamente recente, são raros, existindo cerca de mil em todo o mundo.
O mineral foi descoberto pela primeira vez nos Montes Urais, cordilheira de montanhas na Rússia. Descrito em 1763 por Mikhail Lomonosov, cientista russo, que descreveu o mineral como “minério de chumbo vermelho de Berezovsky”, pois era o nome da mina.
O nome Krokoit foi dado em 1832 por François Beudant (químico, mineralogista e geólogo francês) que, devido à sua cor atraente, a cor seca do açafrão (utilizado como especiaria na culinária), similar à antiga palavra grega κρόκος, Crocus ou açafrão.Em 1797, com a análise do material foi possível isolar um elemento antes desconhecido: o cromo.
A rara crocoíta deve ser mantida longe da exposição solar pois pode, com o tempo, perder o brilho e transparência. Isto ocorre provavelmente por uma reação de decomposição do mineral que é induzida pela luz. Como a crocoíta, outros minerais também são descritos como sendo sensíveis à luz; sendo necessário cuidado na hora de expor o material em um museu.
Veja o cuidado na extração de uma placa com os cristais na cidade de Adelaide, na Austrália.
A fotografias é de uma rocha pequena, com apenas 7cm por 4cm.
Imagem em licença Creative Commons (by-nc-sa 2.0). Via Schwarzrinder.
Texto escrito por Victória Kopp.